sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Agora é para valer - Ireland: There I come!

Bem, agora é para valer. Comprei minhas passagens!!

Desde quando comecei a pensar sobre a viagem, tenho acompanhado sites de passagens aéreas. Fiz mil projeções de datas para tentar encontrar a melhor época para ir, as melhores opções de vôos, li sobre as mais diversas cias aéreas e todas as opções de escalas e conexões possiveis entre o Brasil e a Irlanda.

A princípio, pensei em viajar em Dezembro. Passar o natal, aniversário e reveillon na Europa me soava uma ótima ideia. Mas, a preocupação da minha mãe com a diferença brusca de temperatura e também, o fato de eu conhecer bem minhas crises alérgicas, me fez repensar o mês ideal para a mudança.

Por outro lado, eu também não podia negar que lá no íntimo, gostaria de conhecer um pouco do inverno europeu e, para conciliar as duas coisas, optei por viajar no final dessa estação, ou seja, fevereiro.

Para escolher a melhor data, conversei com a Bruna ( minha agente de viagens e também, grande amiga). Ela ficou de olho nos preços das tarifas e após um fim de semana inteiro fazendo pesquisas em vôos, encontramos as melhores opções de datas.

Por sorte, o dólar este mês está muito baixo, o que deixou o valor das passagens bem acessíveis também, talvez este foi o maior motivo que me levou a comprá-las com 4 meses de antecedência.

Bem, o fato é que, agora eu já tenho uma data de embarque e, no íntimo, já iniciei minha contagem regressiva. Viajo no sábado, dia 19 de fevereiro de 2011 pela KLM, cia holandesa. Vou de BH para Guarulhos, de Guarulhos para Amsterdam e então, de Amsterdam para Dublin.

Também em razão do preço do dólar, aproveitei e já comprei o meu seguro saúde. Como já disse em outro post, o seguro é obrigatório em viagens internacionais. Na Europa, inclusive, alguns países, por força de um tratado entre eles, exige inclusive o valor da cobertura mínima que se deve ter, no caso, 30 mil euros.

A Irlanda não faz parte deste tratado, ou seja, para se viajar para lá, não é preciso observar este limite mínimo de cobertura. Entretanto, se uma das pretensões da viagem é conhecer outros países, então é aconselhado que se faça um seguro como o que mencionei, pois, sem ele, você pode não conseguir passar pela imigração de países como França, Portugal, Espanha, entre outros.

Como eu pretendo conhecer alguns outros países por lá, a Bruninha me indicou que desde já fechasse um seguro com a cobertura exigida pelo tratado e eu não tive dúvidas, fechei.

Por isso, quando forem fazer um seguro de viagem internacional, não se esqueçam de verificar se o país para o qual vocês estão viajando exige cobertura mínima!

Para terminar, preciso confessar que desde que comprei as passagens não paro de olhar para elas, não sei explicar, é como se me acalmasse, como se eu pudesse ver que de fato agora eu estou mesmo indo.

E, como este espaço é justamente para dividir as minhas experiências com esta viagem, elas não poderiam ficar de fora. Eis minhas passagens:




 É, com isso fico por aqui. Já deu para notar minha empolgação não é mesmo??rs

Ireland: There I come!! (Irlanda, aí vou eu!) rs



 

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Decisões importantes

Como prometido, vou contar para vocês os dilemas internos que enfrentei até tomar a decisão de viajar e depois, como foram os primeiros preparativos.

Tá, pode ser que a princípio isso nem seja interessante. Mas sabe, acho que vai ser bom escrever porque eu mesma nem sei ao certo tudo o que aconteceu...rs

Me formei em Direito há um ano e dois meses. Sou advogada ( já falei isso) e trabalho em um escritório de advocacia em BH. Gosto demais do que faço. Vira e mexe escuto a mesma pergunta: Não vai estudar para concursos? e sempre tenho que dar a mesma resposta: eu gosto mesmo é de advogar!

Mas, de tanto ouvir a pergunta e devolver a resposta, comecei a pensar o que de fato eu gostaria de fazer da vida. Não cheguei a outra conclusão, eu gosto mesmo é de advogar. Amo a correria dos prazos, adoro atender cliente, solucionar ( ou pelo menos tentar) os seus problemas, a adrenalina das audiências então, nem bom pensar! Mas, o fato é que, escritórios de advocacia sugam muito da gente, enquanto profissionais recém formados. Eu trabalho atualmente num bom escritório, vejo que ainda vão longe aqui, mas de um tempo para cá, comecei a pensar que o melhor mesmo seria trabalhar em jurídicos de empresas.

Entretanto, como todo mundo sabe, e eu também, o pré-requisito básico para se candidatar a uma vaga para uma multinacional é, sem dúvida, falar uma segunda lingua, na verdade até terceira, quarta, enfim, só o português hoje não vale muito. Inclusive, uma amiga comentou comigo estes dias: Inglês já não é mais um diferencial, é um excludente. Se vc não fala, nem participa das seleções.

Minha mãe sempre tentou me convencer a estudar inglês, mas a preguiça ( vergonha) era maior. Entrei e sai de diversos cursinhos e resultado: formei na faculdade e não falo esta lingua. Hora de correr atrás do prejuizo.

No princípio eu nao queria sair daqui, deixar a profissão para trás, meus processos e tudo o mais, mas, fui vendo que aprender aqui seria mais lento e acreditem, mais caro. Por isso, voltei meus olhos para a possibilidade de fazer um intercâmbio, afinal, morar fora sempre foi um sonho.

Profissionalmente falando, meu primeiro e maior medo foi ficar fora do mercado. Depois, ficar desatualizada e só por último, não conseguir outro emprego quando voltasse. Mas, analisando cada um, cheguei a conclusão de que todos eles eram tão futuros que não poderiam evitar que eu vivesse um presente, digamos, tão especial quanto morar fora. Ademais, é preciso reconhecer que esta é a melhor hora para fazer esta viagem, friamente falando, não tenho grandes raízes profissionais ainda.

E, o maior objetivo da viagem é dar um "up" no inglês, de forma que, mesmo que eu tenha ficado fora do mercado por um período, não terei perdido tempo, afinal, meu curriculum vai ser reforçado com o idioma e o certificado do curso. Vale a pena.

É isso aí. Amo advogar mas por hora, vou mesmo é estudar e, falando em estudar, outra decisão importante que tomei foi escolher qual escola cursar em Dublin.

Como já disse para vocês em outro post, pesquisei muito antes de decidir viajar. Visitei agências de intercâmbios aqui, conversei mto com a Luisa, uma amiga que morou lá, e li muitos blogs e sites sobre a Irlanda.

A primeira coisa que descobri foi que não precisaria de uma agência de intercâmbio para viajar. Ao que tudo indica ( só vou ter certeza mesmo quando estiver por lá) eles são bem tranquilos com relação a estudantes brasileiros. Para entrar, você precisa ter os documentos certinhos ( carta da escola, seguro saúde, endereço de residência) e 1.000 euros no mínimo, não é preciso um visto para a entrada no país. Ainda, descobri que era possivel negociar diretamente com eles, quando comecei a mandar e-mails ( em inglês.. atrevidaaa.rs) e recebi vários retornos, vi que isso tornaria o curso mais viável.

Os Irishis tem fama de serem muito educados e, pelo menos até agora, é o que tenho constatado. As escolas com as quais conversei foram muito atenciosas e responderam todas as minhas dúvidas.
Comecei contactando as escolas que me indicara na agência de intercâmbio, depois, fui mandando emails para outras escolas as quais vi serem mencionadas em vários blogs.

Minha primeira preocupação era se a escola era reconhecida pelo Governo Irlandês, isso é essencial pois caso contrário, você pode ser barrado pela imigração, já que a carta da escola pode não ser, digamos, legal por lá. Depois, procurei saber onde se localizavam. A melhor coisa é estudar no centro, facilita tudo ( no caso de Dublin, optem sempre que possível por Dublin 1 ou 2). Isto também se tornou um critério de exclusão de escolas.
Após, o outro critério foi o custo benefício: valor do curso e tempo de aulas.

Analisando tudo isso escolhi estudar na The English Academy ( site: theenglishacademy.ie). O Paul, que é o diretor da escola foi extremamente atencioso comigo, respondeu todas as minhas dúvidas, mesmo com meu inglês digamos rudimentar, e ainda fez um preço muito bom.

E, mais uma vez, também aqui, não posso deixar de citar o cuidado de Deus com a viagem. Por coinscidência - eu prefiro Deuscidência - quando conversei com a Luisa sobre a escola, ela logo me deu o contato de um amigo dela que ainda estava em Dublin para ver se ele conhecia e adivinhem: ele estuda nesta escola e antes de fechar pude conversar com ele para saber direitinho como são as coisas por lá: professores, material etc. Isso me deu mais segurança. (Obrigada de novo!)

Bem, decidida a escola e fechado o preço pelo curso, agora falta apenas decidir onde morar nas primeiras semanas (hostel? host family? student residence?) e conseguir enviar o dinheiro para Irlanda, o que dá um pequeno trabalho. Mas, estes serão assuntos para os próximos posts!

Até!

sábado, 2 de outubro de 2010

The Beginning

Primeiro post, aliás, primeiro blog.

A ideia de criar um blog começou quase conjuntamente com a ideia de fazer uma viagem. Ou melhor, aqui cabe uma ressalva, a ideia de fazer um intercâmbio já existe há muito tempo mas apenas nos últimos meses se tornou real.

Bem, o fato é que, quando comecei a decidir sobre estudar fora, a primeira coisa que fiz foi ler, ler e ler muito a respeito das minhas possibilidades e incrivelmente, as minhas melhores fontes foram blogs. A cada blog que lia mais sentia vontade de ter um também e, aqui estou.

 Sempre sonhei falar fluentemente uma segunda lingua, uma não, várias e nada melhor  que começar com o inglês. Assim, comecei há um ano um curso particular tendo aulas semanais com a fofa da Cecília que muito me ensinou. Mas, quanto mais estudava mais eu via que a esta altura, a melhor opção seria mesmo viajar e aprender por imersão, ou seja, mergular de cabeça na cultura de um país cuja lingua fosse o inglês.

O problema todo era o meu pai, que nunca concordou muito com intercambios. Por ele, não teriamos saido nem mesmo de Campo Belo, mudar de país então, nem pensar! Mas, existe um Pai que tudo vê e para o qual não há limites e impossíveis. Comecei a orar e coloquei o sonho diante de Deus, sabia que se isso fosse da vontade Dele, meu pai não se oporia. Até ai tudo bem, eu só não esperava mesmo é que ele não só não se oporia como me apoiaria e foi aí que eu vi que de fato, esta viagem era mesmo um presente de Deus. Obrigada!!

Com o apoio da familia veio a segunda parte, decidir para onde ir. Parece fácil mas não é, são tantas opções... Eu posso dizer que em um dia eu viajava o globo, praticamente (rs). Pesquisei sobre diversos países, li e reli muito sobre cada cidade, Vancouver, San Diego, Nova York, Saeattle, Toronto, Sidney, Malta, Londres e arredores, enfim, foram intermináveis dias de dúvidas, eu podia escolher qualquer lugar e é estranho, quanto mais opções mais difícil se torna escolher.

Mas, eis que as circunstâncias me levaram a pesquisar desesperadamente a vida em Dublin. Meu namorado estava em Londres e queria muito ficar um tempo maior na Europa, mas precisava de uma segunda opção, já que não poderia estender sua estadia na Inglaterra por questões burocráticas. Para ajudá-lo comecei a pesquisar suas opções e a melhor delas era ir para a Irlanda. Ao final de uma semana eu já conhecia detalhadamente as vantagens e desvantagens daquele país e ainda, o passo-a-passo para entrar, estudar, trabalhar, ficar, enfim, viver por lá. Entretanto, o Phi acabou voltando para a terra Tupiniquim mesmo mas eu, já estava demasiadamente encantada pela terra dos Leprechauns.

Após trocar muitos emails com diversas escolas, conversar muito com meus pais, receber o apoio do namorado e o incentivo das amigas e da minha célula querida, decidi: nos seis primeiros meses de 2011, vou morar na Europa, melhor, vou viver em Dublin!!

Ainda tenho um tempinho antes da viagem, que ocorrerá apenas em fevereiro de 2011. Mas, desde já, quero compartilhar tudo sobre ela, preparativos, decisões, informações, enfim, tenho a impressão de que escrever aqui vai ajudar a diminuir a ansiedade que já surge.

Ademais, sei que como eu, várias pessoas devem estar buscando informações de como organizar a viagem, como buscar escolas etc. e eu, apesar de ainda estar por aqui, acho que já tenho como ajudar pois pesquisei e muito sobre cada detalhe e estou fechando tudo diretamente com os Irishs.

Bem, nos próximos posts vou dividir com vocês a escolha da escola em Dublin e como cheguei até ela e, talvez, sobre a maior decisão que tomei, fazer um "stop" na carreira que comecei há pouco mais de ano, a advocacia, para me dedicar totalmente ao aprendizado de outra lingua.

Por enquanto, quero apenas desejar as boas vindas a todos aqueles que quiserem se aventurar comigo nesta viagem, que já comecou dentro mim!